14 dezembro 2011

ZEPELIM !




Por mais que tenha um peixe amazônico com este nome (o Poecilobrycon trifasciatus), estamos falando realmente é dos grandes dirigíveis rígidos construídos na Alemanha entre 1900 e 1930: Os Zepelins.




Estes grandes balões em forma de charuto foram sinônimo de modernidade dentro do cenário aéreo do início do século XX. Por mais que Santos Dumont fizesse seus experimentos com este tipo de balão por volta de 1898, sendo consagrado pioneiro nesta arte em 1901, quem ganhou fama com ele foi seu contemporâneo, o General alemão Ferdinand Graf von Zeppelin.


Em reportagem sobre os Zepelins a revista Galileu, da editora Globo, publicou:


"(Zeppelin) Gastou sua fortuna na criação de dirigíveis com estrutura rígida para transporte de passageiros. Em 2 de julho de 1900, fez o vôo inaugural do LZ-1, às margens do lago Constança, no sudoeste da Alemanha. Mas a glória durou pouco: o tecido que cobria a estrutura de alumínio do balão se rompeu no pouso. Nem por isso o milionário desistiu. Já estava na bancarrota quando, em 1908, ganhou fama com o LZ-4, ao cruzar os Alpes, numa viagem de 12 horas, sem escalas. Daí por diante, Zeppelin pôde contar com o dinheiro do governo alemão em suas façanhas e seus dirigíveis se transformaram em orgulho nacional. Em 1910, ele inaugurou linhas regulares na Europa. Mas só em 1928 o Graf Zepelin ficou pronto e partiu para uma volta ao mundo. Daí até a tragédia do Hindenburg, em 1937, foi quase uma década de absoluto sucesso. Como o conde morreu em 1917, não viu seus veículos cruzando oceanos. Assim como não assistiu, também, a sua transformação em símbolos de soberania da Alemanha nazista.

Para se ter uma idéia, o Hindenburg tinha suásticas pintadas nos lemes e foi boicotado pelo governo norte-americano, que se recusou a fornecer hélio, um gás inerte, para preenchê-lo. Por muitos anos, achou-se que o explosivo hidrogênio que sustentava o Hindenburg teria sido a causa de seu incêndio. O governo alemão também sugeriu que uma sabotagem derrubara o grandioso zepelim. Na verdade, um estudo divulgado, em maio passado, por William Van Vorst, pesquisador da Nasa e professor da Universidade da Califórnia, desmistificou o caso. Van Vorst apurou que a tinta que cobria o tecido do Hindenburg era altamente inflamável e que o corpo do balão acumulou carga eletrostática nas viagens. "Quando essa energia finalmente foi descarregada, o que se viu foi aquele terrível desastre", esclarece Van Vorst.

Essa revelação afastou de uma vez por todas o fantasma que rondava os dirigíveis. Entretanto, eles já tinham demonstrado que não havia por que temê-los. Depois de 1937, a Goodyear continuou a fabricá-los nos Estados Unidos. Ao contrário dos alemães, esses outros modelos tinham um balão maleável, feito de derivados de borracha e inflado com hélio. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Marinha americana utilizou-os para acompanhar navios e detectar submarinos inimigos. Esses "blimps", como passaram a ser chamados, misturavam conceitos dos dirigíveis de Santos Dumont e do conde Zeppelin e foram os que resistiram ao tempo e ressurgiram na década de 1980 como instrumento publicitário."



Fonte: "A volta dos dirigíveis" - Revista Galileu - Editora Globo.


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